quarta-feira, abril 19, 2006

Letras Traduzidas #1 (cortesia do Google)

Não é incomun (ou It's not Unusual)

Não é incomun ser amou por qualquer um
não é incomun ter o divertimento com qualquer um
mas quando eu o vi pendurar aproximadamente com qualquer um
não é incomun ver-me gritar,
oh oh eu quero morrer

não é incomun sair em em qualquer altura
que mas quando eu vi você para fora e sobre dele é tal crime
se você quiser sempre ser amar por qualquer um,
ele não for incomun ele acontecer que cada dia não importa o que você o diz
achado que acontece todo o o amor do tempo
nunca fará o que você o quer a
porque não pode este amor louco ser meu

não é incomun, ser louco com qualquer um
não é incomun, seja sad com qualquer um
mas se eu encontrar sempre que você tem mudado a qualquer hora
não é incomun encontrar para fora que eu sou no amor com você
whoa-oh-oh-oh-whoa-oh-oh-oh-oh

Tom Jones + Google Translator

segunda-feira, abril 10, 2006

Regresso á Terra calmo e sem sobressaltos

Ainda em território lunar, os nossos heróis, com o bucho cheio, resolvem que está na hora de vir para Terra, porque ainda querem apanhar o episódio de Floribella do dia. O Gajo-que-foi-só-para-preencher-lugar-porque-ganhou-um-bilhete-numa-promoção-da-Nivea começou logo a defender a produção nacional, dizendo que nunca houve ou haverá uma novela como as que a TVI exibe, nas quais há pessoas boazinhas de mais e pessoas mazinhas de mais. O Co-piloto redarguiu, afirmando que nada bate Floribella, pobre em euros mas rica em parvoíce. Ai, não, não é assim, é pobre em ouro mas rica em sonhos… Ah… no fundo é a mesma coisa.

Co-piloto: - “Oh Neil, olha o Gajo-que-foi-só-para-preencher-lugar-porque-ganhou-um-bilhete-numa-promoção-da-Nivea! Não se cala a dizer que não há novelas como as portuguesas e que o Tozé Martinho é o novo Adónis! Faz alguma coisa.”

Neil Armstrong: - “Epá… eu cá sou da opinião de que a televisão portuguesa só devia ter a RTP e que devia passar, a toda a hora, documentários sobre a vida das formigas-obreiras. Ah, e, volta e meia, assim para dar mais emoção, um filmezito da Audrey Hepburn, seguido de um filme do Manoel de Oliveira. Mas isto sou eu que sou um gajo cheio de vida e que grama assim bué de emoções fortes!”

Gajo-que-foi-só-para-preencher-lugar-porque-ganhou-um-bilhete-numa-promoção-da-Nivea: - “Eu cá acho que devíamos era parar com discussões que não nos levam a lado nenhum e irmos para casa.”
[riso que se assemelha a um porco a grunhir]

Neil Armstrong: - “Também acho. Ó Oficial de instrumentos. Oficial de intrumentooooos! ‘tão mas que raio. Onde é que aquele totó se meteu? Não me digas que se perdeu. Pudera, aluado como ele é! AHAHAHAHAHAHOHOHOHOHIHIHIH! Hein pessoal? E esta piada? Estamos na lua… aluado e coiso… epá, eu sou um génio, não sou?”

[silêncio comprometedor… exceptuando os OVNIs que por ali passeiam]

Oficial de instrumentos: - “Pessoal, desculpem, mas vocês não vão acreditar. É que encontrei aqui debaixo deste pedregulho a K7 com a gravação original do “Estou na Lua” dos Lunáticos. E olhem que está com muita qualidade. Será que o Júlio Isidro sabe disto?”

Neil Armstrong: - “Baril, mas isso agora não interessa nada. Se tivesses encontrado antes um concerto para Pífaro da Orquestra da Academia de Música do Fundão. Aí é que era. Bem louco, pá. Tem cá um balanço! … Mas pronto… adiante. Malta! MALTA!! Um pouquinho de atenção… gostava de poder dizer umas coisinhas. Se estão á espera dos agradecimentos, esqueçam isso, porque tenho de me despachar, pois tenho o saco da urina cheio… isto da incontinência dá cabo de mim. O que eu tenho para dizer é que… EU NÃO SOU ASTRONAUTA! AHAHAHAHAHAHAHAHAHAH!!! … pois é, pá. Eu sou talhante no MaxiGrula da Brandoa. Ah pois é. Por isso aceitam-se sugestões para tirarmos esta geringonça daqui e irmos para Portugal. Eu cá já nem me preocupo em chegar à Terra, quero é ir para a minha casinha, em Portugal!”

Gajo-que-foi-só-para-preencher-lugar-porque-ganhou-um-bilhete-numa-promoção-da-Nivea: - “Eu cá acho que devíamos ligar para Celorico. Eles sabem como estrelar um ovo porque a semana passada – lembro-me como se fosse hoje – eles estrelaram lá uns ovinhos antes do teste de forças G e olhem que aquilo estava daqui.
[é ou não é uma chatice quando queremos mostrar, enquanto dizemos que algo “estava daqui” e não podemos porque quando escrevemos ninguém nos vê a puxar a cartilagem da orelha direita? É triste]
Por isso pá, eu digo e volto a dizer… eles estrelam ovos que nem gente grande.”

Oficial de instrumentos: - “Epá, descobri! É só carregar no botão vermelho.”

Neil Armstrong: - “Boa pá. Afinal não pareces tão estúpido quanto és. Ai, não, era ao contrário… bem, vamos para a nave.”

Co-piloto: - “Man, isto é complicado pá. Só luzinhas e botõezinhos. Quando viemos para cá o vaivém trouxe-nos. Isto agora é mais difícil. Eu bem sabia que não me devia ter baldado á aula da descolagem lá em Celorico. Não, preferi ir ver o Nel Monteiro à Moita. Agora olha, chapéu!”

Entretanto, E.T. passa por ali de bicicleta. Os nossos heróis ainda o chamam, uma vez que E.T. está a caminho dos EUA para processar os pais do pequeno Elliott, visto o puto agora andar a ver filmes do “Alien” e já nem sequer ligar para ele.

A viagem de regresso á Terra dos descobridores da Lua (sim, porque até aí a Lua não era conhecida pelo Homem) dá-se com alguns sobressaltos. Os obstáculos são muitos, sendo dois deles uns balões de previsão meteorológica lançados pelo Aeroporto de Lisboa em 1964 e um picanço com a nave dos X-Men, uma vez que o Professor Xavier acabara de tomar uns ácidos e então julgou que andar com a nave a mais de 120 km/h á hora numa via láctea nacional era boa ideia. Resultado, os nossos heróis venceram mais uma dura prova.
Á chegada ao planeta Terra foram recebidos em apoteose por três pastores de ovelhas que passeavam ali por Celorico. A apoteose foi tanta que um dos pastores teve um AVC está internado em São José.
Até á data, ninguém sabe do paradeiro dos quatro heróis desta saga. No entanto, o Primavera no Chumbo do Matraquilho tem informações fidedignas. O Gajo-que-foi-só-para-preencher-lugar-porque-ganhou-um-bilhete-numa-promoção-da-Nivea continua a recolher talões e provas de compra para ganhar uma viagem a Albufeira. O Co-piloto tem um caso com Drew Barrimore (E.T. deu-lhe o contacto). O Oficial de instrumentos não é mais do que isso – um Oficial de instrumentos – e Neil Armstrong continua cheio de acção e genica, estando neste momento a realizar um documentário sobre os excitantes dias da Preguiça nas selvas australianas.

terça-feira, abril 04, 2006

O Homem foi á Lua. Grande coisa, eu estive na Baixa Lisboeta mais do que uma vez e aquilo tem muito mais buracos

O Primavera no Chumbo do Matraquilho recuperou as comunicações feitas a 20 de Julho de 1969 aquando da aterragem do módulo lunar Apollo na Lua. Neil Armstrong e a sua tripulação (sobre a qual não sei os nomes nem sequer o perfume que usavam – se é que usavam perfume) disseram, entre muitas coisas, que estava frio e escuro. Desde logo pensaram estar na repartição de finanças da Damaia.
Orgulho-me de apresentar, em primeira-mão, os diálogos verdadeiros, as personagens (Neil Armstrong, o Co-piloto, o Oficial de instrumentos e o Gajo-que-foi-só-para-preencher-lugar-porque-ganhou-um-bilhete-numa-promoção-da-Nivea) e os dramas que envolveram esta aventura.

Neil Armstrong: - “Eeeeeláááááá, q’isto tá fresco aqui na lua pá! Celorico, we’ve got a problem!” (sim, as comunicações foram feitas, para espanto de quem nos lê, a partir de Celorico de Basto e não de Houston, Texas, como todos pensavam até agora)

Celorico: - “Escuto, estamos a ouvir-te muito mal, Neil. Deves ‘tar sem rede, pá. Põe isso em alta voz.”

Neil Armstrong: - “…zhfgshepg… hasefpwih… oops, desculpem, engasguei-me com uma pastilha elástica. Isto das Gorila… é que, caneco, fazem pastilhas do tamanho de pedras da calçada. Celorico, volto a dizer que temos um problema. Não temos gasóile para descolar, depois, escuto.”

Celorico: - “Neil, detectamos aqui no mapa da Michelin… ‘tás a ver uma estrada á tua esquerda?... Tem uma horta na berma, como aquelas que há á beira da IC19. Vai por aí que hás-de lá chegar… assim a uns vinte metros mais á frente tens uma bomba da Repsol. O homem da bomba é meio lunático, mas… ahahahahahahah, percebeste?... meio ‘lunático’! Ahahahahahahuhuhuhuhuhihihihihihiohohohohohoh! Epá, eu tenho cá um sentido de humor, não tenho, ó Neil?”

Neil Armstrong: - “Epá, isto aqui está um tanto ou quanto desagradável. Ó co-piloto, não tens por acaso aí uma manta ou coisa assim que o valha para um gajo se tapar?... é que isto está pior do que a Serra da Estrela em Janeiro. Apre!”

Celorico: - “Pessoal, vocês por acaso deixaram a janela do Apollo aberta? É que aqui pela webcam estamos a ver um grupo de meliantes a levarem-vos o navo-rádio. E que tal se andassem um pouco mais rápido? É que essa brincadeira de andarem aos saltinhos para ver quem é que aguenta mais tempo no ar já nos custou um rádio. Vá lá, a andar!”

Gajo-que-foi-só-para-preencher-lugar-porque-ganhou-um-bilhete-numa-promoção-da-Nivea: - “Mas porque é que é só o Neil que tem direito a falar para aí, hein?”

Oficial de instrumentos: - “Pois é, nós também pagámos para vir!”

Gajo-que-foi-só-para-preencher-lugar-porque-ganhou-um-bilhete-numa-promoção-da-Nivea: - “Eheh, eu cá não paguei!” [riso que se assemelha a um porco a grunhir]

Co-piloto: - “Eu cá não tenho opinião formada. Sempre fui o parvo do grupo. Na escola até me chamavam ‘totó’ e ‘palermóide’!”

Neil Armstrong: - “Então, e não é o que tu és?”

Celorico: - “E se se preocupassem antes com o facto de não terem gasóile e estarem com a nave aberta?”

Neil Armstrong: - “É, por muito que me custe admitir estes filhos da mãe têm razão… oops, deixei o canal ligado.”

Celorico: - “Eu e a restante equipa aqui da torre de controlo do parque florestal de Cinfães (quatro pessoas e um cão com mais de 23 anos) ouvimos. Isso vai-te ser descontado no recibo verde, ó meu g’anda palhaço!”.

Oficial de instrumentos: - “Eu cá já comia”.

Neil Armstrong: - “É que nem é tarde nem é cedo. A minha avó mandou-nos aqui uma tachada de salada-russa e uma panela com pataniscas de bacalhau do Sr. António e um tupperwarzinho com arroz de feijão. Que me dizem, hein?”

Co-piloto: - “Granda Neil, eu bem sabia que te devíamos ter trazido em vez do António Calvário. Estão a ver malta? Se não fosse o Neil a trazer o farnel, como é que era?... eu só trouxe umas barrinhas de Muesli… O Neil, pá, isso de saberes pilotar uma nave-espacial é claramente secundário!”


[Monólogo de Neil Armstrong. Após o monólogo, Neil veste um saiote que comprara na MacModa, enquanto interpreta “És a Rainha da Noite”, dos D’Arrasar]


Neil Armstrong: - “Quem sou eu? O que faço aqui? Estarei a sonhar, ou aquilo é mesmo um cometa a vir na minha direcção? Será que estou aqui bem? Se calhar é melhor desviar-me um nadinha para a esquerda, não? E o que é a verdade?... ok, esta última pergunta não interessa agora”.

Enquanto procuravam a bomba de gasolina, os nossos heróis tropeçaram numa boca-de-incêndio. Desde logo a ideia de que por ali haveria um quartel de bombeiros tomou de assalto as suas mentes. O Co-piloto desatou a chorar, pois esta ideia tinha, naquele momento, roubado a (quase) totalidade do seu cérebro.


Depois de uma piada como esta, é melhor parar por aqui.

sábado, abril 01, 2006

A Naifa no Baço

Um concerto como há muito tempo não vivia. De músicas e de palavras, ambas fortes.

Alguns versos soltos e à solta:


Está um rapaz a arder
em cima do muro,
as mãos apaziguadas.
arde indiferentemente à neve que o encharca
(Rapaz a arder - Eduardo Pitta)


quando passo de automóvel
esqueço-me de onde moro
porque sou meu lar imóvel.

o rádio sempre a tocar
um coração avariado
que não posso desligar.
(Antena - Rui Lage)


disse-lhe que portugal ainda tinha muitos comunistas
mas o que ele queria saber era onde havia señoritas
que o levassem a dar uma volta.
(Señoritas - Tiago Gomes)



amanhã vou comprar umas calças vermelhas
porque não tenho rigorosamente nada a perder
(Calças Vermelhas - Ana Paula Inácio)


Não me queres
nunca me quiseste
(Meteorológica - Adília Lopes)


É melhor
fechares
os olhos,meu
amor,
antes que o
mundo
inteiro seja um
incêndio.

Os ventos todos
fechados dentro
da minha mão.
quantos ciclones
queres ?

(...)


O terrorista
apaixonado
carregava,às
escondidas,
uma bomba
-relógio.era
no peito.era o
coração
(Perigo de Explosão - José Mário Silva)


aos vinte e três outonos apaixonei-me doze vezes
e nem sempre pelas mesmas almas
mas sobrevivi a um coração míope
(A verdade apanha-se com enganos - Pedro Sena-Lino)


como dizia uma pobre rapariga
que era criada e mal sabia ler
também eu vou dizer
coração partido
pé dormente
vou para a cama
que estou doente
(Porque me traíste tanto - Adília Lopes)

Site d'A Naifa