terça-feira, abril 04, 2006

O Homem foi á Lua. Grande coisa, eu estive na Baixa Lisboeta mais do que uma vez e aquilo tem muito mais buracos

O Primavera no Chumbo do Matraquilho recuperou as comunicações feitas a 20 de Julho de 1969 aquando da aterragem do módulo lunar Apollo na Lua. Neil Armstrong e a sua tripulação (sobre a qual não sei os nomes nem sequer o perfume que usavam – se é que usavam perfume) disseram, entre muitas coisas, que estava frio e escuro. Desde logo pensaram estar na repartição de finanças da Damaia.
Orgulho-me de apresentar, em primeira-mão, os diálogos verdadeiros, as personagens (Neil Armstrong, o Co-piloto, o Oficial de instrumentos e o Gajo-que-foi-só-para-preencher-lugar-porque-ganhou-um-bilhete-numa-promoção-da-Nivea) e os dramas que envolveram esta aventura.

Neil Armstrong: - “Eeeeeláááááá, q’isto tá fresco aqui na lua pá! Celorico, we’ve got a problem!” (sim, as comunicações foram feitas, para espanto de quem nos lê, a partir de Celorico de Basto e não de Houston, Texas, como todos pensavam até agora)

Celorico: - “Escuto, estamos a ouvir-te muito mal, Neil. Deves ‘tar sem rede, pá. Põe isso em alta voz.”

Neil Armstrong: - “…zhfgshepg… hasefpwih… oops, desculpem, engasguei-me com uma pastilha elástica. Isto das Gorila… é que, caneco, fazem pastilhas do tamanho de pedras da calçada. Celorico, volto a dizer que temos um problema. Não temos gasóile para descolar, depois, escuto.”

Celorico: - “Neil, detectamos aqui no mapa da Michelin… ‘tás a ver uma estrada á tua esquerda?... Tem uma horta na berma, como aquelas que há á beira da IC19. Vai por aí que hás-de lá chegar… assim a uns vinte metros mais á frente tens uma bomba da Repsol. O homem da bomba é meio lunático, mas… ahahahahahahah, percebeste?... meio ‘lunático’! Ahahahahahahuhuhuhuhuhihihihihihiohohohohohoh! Epá, eu tenho cá um sentido de humor, não tenho, ó Neil?”

Neil Armstrong: - “Epá, isto aqui está um tanto ou quanto desagradável. Ó co-piloto, não tens por acaso aí uma manta ou coisa assim que o valha para um gajo se tapar?... é que isto está pior do que a Serra da Estrela em Janeiro. Apre!”

Celorico: - “Pessoal, vocês por acaso deixaram a janela do Apollo aberta? É que aqui pela webcam estamos a ver um grupo de meliantes a levarem-vos o navo-rádio. E que tal se andassem um pouco mais rápido? É que essa brincadeira de andarem aos saltinhos para ver quem é que aguenta mais tempo no ar já nos custou um rádio. Vá lá, a andar!”

Gajo-que-foi-só-para-preencher-lugar-porque-ganhou-um-bilhete-numa-promoção-da-Nivea: - “Mas porque é que é só o Neil que tem direito a falar para aí, hein?”

Oficial de instrumentos: - “Pois é, nós também pagámos para vir!”

Gajo-que-foi-só-para-preencher-lugar-porque-ganhou-um-bilhete-numa-promoção-da-Nivea: - “Eheh, eu cá não paguei!” [riso que se assemelha a um porco a grunhir]

Co-piloto: - “Eu cá não tenho opinião formada. Sempre fui o parvo do grupo. Na escola até me chamavam ‘totó’ e ‘palermóide’!”

Neil Armstrong: - “Então, e não é o que tu és?”

Celorico: - “E se se preocupassem antes com o facto de não terem gasóile e estarem com a nave aberta?”

Neil Armstrong: - “É, por muito que me custe admitir estes filhos da mãe têm razão… oops, deixei o canal ligado.”

Celorico: - “Eu e a restante equipa aqui da torre de controlo do parque florestal de Cinfães (quatro pessoas e um cão com mais de 23 anos) ouvimos. Isso vai-te ser descontado no recibo verde, ó meu g’anda palhaço!”.

Oficial de instrumentos: - “Eu cá já comia”.

Neil Armstrong: - “É que nem é tarde nem é cedo. A minha avó mandou-nos aqui uma tachada de salada-russa e uma panela com pataniscas de bacalhau do Sr. António e um tupperwarzinho com arroz de feijão. Que me dizem, hein?”

Co-piloto: - “Granda Neil, eu bem sabia que te devíamos ter trazido em vez do António Calvário. Estão a ver malta? Se não fosse o Neil a trazer o farnel, como é que era?... eu só trouxe umas barrinhas de Muesli… O Neil, pá, isso de saberes pilotar uma nave-espacial é claramente secundário!”


[Monólogo de Neil Armstrong. Após o monólogo, Neil veste um saiote que comprara na MacModa, enquanto interpreta “És a Rainha da Noite”, dos D’Arrasar]


Neil Armstrong: - “Quem sou eu? O que faço aqui? Estarei a sonhar, ou aquilo é mesmo um cometa a vir na minha direcção? Será que estou aqui bem? Se calhar é melhor desviar-me um nadinha para a esquerda, não? E o que é a verdade?... ok, esta última pergunta não interessa agora”.

Enquanto procuravam a bomba de gasolina, os nossos heróis tropeçaram numa boca-de-incêndio. Desde logo a ideia de que por ali haveria um quartel de bombeiros tomou de assalto as suas mentes. O Co-piloto desatou a chorar, pois esta ideia tinha, naquele momento, roubado a (quase) totalidade do seu cérebro.


Depois de uma piada como esta, é melhor parar por aqui.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

epá, os gajos ate tem a graça, era giro era paxar este discurso para peça ia ser no minimo, vá... girito!
SAber o regresso e k era giro, se houver é claro...

9:57 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Em primeiro lugar, o "Primavera no chumbo do matraquilho" está de parabéns! Este trabalho de recolha é fabuloso!!! Um grande bem-haja para todos vós! Eu, que sou uma leitora assídua, estou muito contente com o vosso trabalho! Fazem-me muita companhia, pois estou em casa e todas as manhãs lig…ai peço desculpa, isto é o que costumo dizer ao Sr. Goucha, quando ligo po Pograma da Manhã!

Confesso, que não estava preparada para tomar conhecimento de tais "comunicações"! Oh mas que grande aventura viveram estes grandes safados, diria mesmo, traquinas!!! Para além disso, senti-me injustiçada...então, eu que sempre pensei que as comunicações tinham sido feitas a partir de Houston (ali prós lados de ALL FORNELOS)! Estou desfeita...

PS: Já agora, podia facultar-me o contacto do sr. “…” que ri como um porco?!?! Gostava de trocar umas impressões com ele!

10:08 da manhã  

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