Estive p'raí três minutos a pensar num título para este texto e não me saiu nada
Mergulhado e empenhado em tentar perceber o que se passa na vida política portuguesa (não, não visitei a Assembleia da República porque a escadaria de acesso é pior – em tamanho e penosidade – do que o Bom Jesus de Braga). Afinal, dos possíveis candidatos à vitória nas eleições para a presidência da República, um é um velho senil, incontinente e jarreta e o outro fala como se lhe estivessem, por debaixo da mesa, a apertar, forte e impiedosamente, os testículos.
E não se queixem se a sinistralidade rodoviária aumentar durante o período de pré-campanha para as próximas eleições. Então põem-me fotos do Sr. Soares e do Sr. Cavaco nos outdoors? Pá, a reacção, pelo menos a minha, é soltar intensas gargalhadas e uns quantos gases intestinais.
Outra. O cartaz de Mário Soares diz: “Sempre presente nos momentos difíceis”. Constatei, enquanto conversava com uma amiga minha, que esta é uma frase que pode ter dois sentidos, sendo que me inclino mais para o segundo que irei enunciar. Ora, se está sempre presente nos momentos difíceis, significa que está pronto a agir e a ajudar Portugal a ultrapassar as adversidades. Não? Pois, se calhar não. Se calhar o que Soares queria dizer era que está sempre presente nos momentos difíceis, uma vez que é ele o responsável por eles. Assim sim, assim já é razoável. Outra coisa, Sr. Soares – eu sei que vai ler isto – que peregrina e parva ideia é essa de assinar os seus outdoors com “Soares 2006”? Mas o senhor é algum vírus informático ou quê?
Sabem porque é que Mário Soares tem de chegar sempre antes que os outros candidatos aos debates? …Para beber o diurético e mudar a algália! [não resisti. Ainda me surpreende o facto de eu me dar ao trabalho em pensar e formular pensamentos destes]
Será que é sinal de insanidade? Não, acho que é mais sinal de irritação cutânea facial devido à força com que me esquartejo enquanto me barbeio. “Ah!, afinal é assim a derme… E o que faz aqui esta glândula sebácea? Olha lá, ó Joaquina, não devias estar um pouco mais abaixo?”, disse eu enquanto me barbeava e constatei que já tinha arrancado toda a epiderme que tinha na cara com uma simples Gillette.
Só mais uma coisinha. Alguém me consegue explicar para que é que existem revistas que sabem os fins das novelas? Mas isso não… então mas isso não… ah… isso não faz perder a piada toda? Pior. Cada revista anuncia um final diferente. Pior ainda, uma revista é capaz de apresentar um final numa edição e três edições depois já está a expor um final completamente diferente. Pior ainda do que o período anterior – como é que eles sabem o final se ainda não deu na televisão? [coçar incessantemente a cabeça até arrancar algum couro cabeludo]
Serve a presente para informar que darei início a uma novela. Apresento, desde já, as personagens. To Zé Martinho, lê isto e vê lá se gostas.
Espaço onde decorre a acção – A pequena aldeia libanesa de Hanniye é o local escolhido para as filmagens.
Ano – Mil-nove-noventa-e-nove.
Clima – Todos anseiam a chegada do Bug informático do ano 2000 que destruirá todos os computadores existentes no mundo, o que desperta em todos grande tensão e o medo de não poderem jogar novamente ao Solitário no seu PC.
Personagens principais – Dinorá é uma estudante transmontana que é cega de uma vista e tem uma acentuada corcunda, mas sonha encontrar o amor da sua vida. Faustino é um jovem empresário de sucesso na área do fabrico de pasta de papel. A sua única fragilidade é ser gago e estrábico.
Quanto a personagens secundárias, temos o periquito falante de Dinorá, com quem ela se aconselha todos os dias; os pais de Dinorá, um casal de ex-presidiários de Vale dos Judeus (ambos condenados por assalto à mão armada – com um tijolo e paus – a uma loja de animais); a mãe de Faustino, uma mulher barbuda que, por ser atracção circense, não passa tempo nenhum em casa e perdeu toda a infância do filho; Sylvester Stallone, no papel de ele próprio, um amigo de ambas as famílias que deseja ardentemente a felicidade de todos; a senhora do café que não tem nome e que só diz “pois é” e “sai um café”; o carteiro, um homem com um sentido de humor péssimo que em vez de bater duas vezes bate 37, o que já se tornou um incómodo para todas as famílias;
Apenas digo que futuramente, e durante o decorrer da acção, apresentarei novas personagens e que terá início a única novela cujo final ninguém saberá por intermédio de revistas femininas que têm por hábito destruir os sonhos de quem ainda gosta de seguir uma boa novela pela televisão.
E sim, prometo um final o mais previsível possível.
P.S. - Não tinha maneira como acabar este texto por isso, aqui fica um P.S.!
E não se queixem se a sinistralidade rodoviária aumentar durante o período de pré-campanha para as próximas eleições. Então põem-me fotos do Sr. Soares e do Sr. Cavaco nos outdoors? Pá, a reacção, pelo menos a minha, é soltar intensas gargalhadas e uns quantos gases intestinais.
Outra. O cartaz de Mário Soares diz: “Sempre presente nos momentos difíceis”. Constatei, enquanto conversava com uma amiga minha, que esta é uma frase que pode ter dois sentidos, sendo que me inclino mais para o segundo que irei enunciar. Ora, se está sempre presente nos momentos difíceis, significa que está pronto a agir e a ajudar Portugal a ultrapassar as adversidades. Não? Pois, se calhar não. Se calhar o que Soares queria dizer era que está sempre presente nos momentos difíceis, uma vez que é ele o responsável por eles. Assim sim, assim já é razoável. Outra coisa, Sr. Soares – eu sei que vai ler isto – que peregrina e parva ideia é essa de assinar os seus outdoors com “Soares 2006”? Mas o senhor é algum vírus informático ou quê?
Sabem porque é que Mário Soares tem de chegar sempre antes que os outros candidatos aos debates? …Para beber o diurético e mudar a algália! [não resisti. Ainda me surpreende o facto de eu me dar ao trabalho em pensar e formular pensamentos destes]
Será que é sinal de insanidade? Não, acho que é mais sinal de irritação cutânea facial devido à força com que me esquartejo enquanto me barbeio. “Ah!, afinal é assim a derme… E o que faz aqui esta glândula sebácea? Olha lá, ó Joaquina, não devias estar um pouco mais abaixo?”, disse eu enquanto me barbeava e constatei que já tinha arrancado toda a epiderme que tinha na cara com uma simples Gillette.
Só mais uma coisinha. Alguém me consegue explicar para que é que existem revistas que sabem os fins das novelas? Mas isso não… então mas isso não… ah… isso não faz perder a piada toda? Pior. Cada revista anuncia um final diferente. Pior ainda, uma revista é capaz de apresentar um final numa edição e três edições depois já está a expor um final completamente diferente. Pior ainda do que o período anterior – como é que eles sabem o final se ainda não deu na televisão? [coçar incessantemente a cabeça até arrancar algum couro cabeludo]
Serve a presente para informar que darei início a uma novela. Apresento, desde já, as personagens. To Zé Martinho, lê isto e vê lá se gostas.
Espaço onde decorre a acção – A pequena aldeia libanesa de Hanniye é o local escolhido para as filmagens.
Ano – Mil-nove-noventa-e-nove.
Clima – Todos anseiam a chegada do Bug informático do ano 2000 que destruirá todos os computadores existentes no mundo, o que desperta em todos grande tensão e o medo de não poderem jogar novamente ao Solitário no seu PC.
Personagens principais – Dinorá é uma estudante transmontana que é cega de uma vista e tem uma acentuada corcunda, mas sonha encontrar o amor da sua vida. Faustino é um jovem empresário de sucesso na área do fabrico de pasta de papel. A sua única fragilidade é ser gago e estrábico.
Quanto a personagens secundárias, temos o periquito falante de Dinorá, com quem ela se aconselha todos os dias; os pais de Dinorá, um casal de ex-presidiários de Vale dos Judeus (ambos condenados por assalto à mão armada – com um tijolo e paus – a uma loja de animais); a mãe de Faustino, uma mulher barbuda que, por ser atracção circense, não passa tempo nenhum em casa e perdeu toda a infância do filho; Sylvester Stallone, no papel de ele próprio, um amigo de ambas as famílias que deseja ardentemente a felicidade de todos; a senhora do café que não tem nome e que só diz “pois é” e “sai um café”; o carteiro, um homem com um sentido de humor péssimo que em vez de bater duas vezes bate 37, o que já se tornou um incómodo para todas as famílias;
Apenas digo que futuramente, e durante o decorrer da acção, apresentarei novas personagens e que terá início a única novela cujo final ninguém saberá por intermédio de revistas femininas que têm por hábito destruir os sonhos de quem ainda gosta de seguir uma boa novela pela televisão.
E sim, prometo um final o mais previsível possível.
P.S. - Não tinha maneira como acabar este texto por isso, aqui fica um P.S.!
2 Comments:
se a novela for tão boa como a sinopse eu vou estar atento... senão for acho que também vou ficar porque não tenho nada para fazer de melhor.
Este blog é uma fonte inesgotável de epopeias. Quer para o Zé Tó quer para a Dinorá, avizinham-se grandes e fantásticas aventuras. A não perder.
Enviar um comentário
<< Home