Belmiro, prepara-te! Tomarei os mercados de assalto.
Supermercados. Horror. Terror. Pavor. Palavras acabadas em “or”.
Debruço-me hoje sobre o orgulho da nossa nação – não é o Figo nem muito menos a Júlia Pinheiro. São as superfícies comerciais. Grandes ou pequenas, com nomes como o de uma gota adocicada ou algo que não são arquipélagos (isto só para não dizer os nomes deles. Não posso fazer publicidade devido ao contrato que mantenho com… com… com ninguém, mas pronto), as superfícies comerciais proporcionam a nós, meros consumidores, autênticas odisseias de loucura.
É aterrador o facto de tudo estar dividido por corredores finitos e, por vezes, a fronteira entre os vinhos e a puericultura ser quase nula. Ou até mesmo a charcutaria, tantas vezes a emanar o intenso e bruto cheiro a presunto para a secção dos produtos de higiene. Ainda no outro dia comprei um gel de banho (do mai’ rançosos) e tal não foi o espanto quando o abri, para cheirar, e fragrância a mortadela com azeitonas omitia o perfume do sabonete líquido.
Fiquei estarrecido quando, há coisa de três/quinze dias, visitei o mini-mercado lá da minha área. Ora, na caixa registadora estava escrita a seguinte informação: “Estimado cliente, se desejar adquirir Gillettes, pilhas ou Caldos Knorr, peça à operadora de caixa.”. Após a leitura deste autêntico poema, não sabia se rir, se chorar ou se sair dali aos gritos de pânico. Analisei as hipóteses de haver alguma lógica ali escondida, mas desde logo me apercebi que estava perante génios da construção frásica e limitei-me a urinar-me ali mesmo.
“Estimado cliente” – esta é a primeira. Desde quando é que nós somos estimados pelas pessoas que ali trabalham? Os coletes reflectores são bem mais amarelos do que aqueles sorrisos que a nós são dirigidos na hora do pagamento. A expressão utilizada pelas pessoas que estão ali sentadas o dia todo a amealhar varizes e reumático é: - “Tem cartão família?”. Qualquer dia pegam num impresso de Censos ou então perguntam-nos: - “Sofre de espandilose? E de alguma DST?”. Ainda por cima nós sabemos que, por detrás daqueles sorrisos todos está um ser humano com vontade de nos espancar, uma vez que, para variar, trouxemos um saco de fruta sem o pesarmos na balança própria que está na zona das frutas e legumes, o que implica que tem de se chamar a salvadora – a patinadora. Sonho com o dia em que vou chocar com uma patinadora de um qualquer supermercado. Ou então com o dia em que lhe roubar os patins. [AHAHAHAHAHAHAH – riso doido]
Outra. Porque é que para levarmos para casa Gilletes, pilhas ou Caldos Knorr, temos de pedi-los à operadora de caixa? Porque é que é ela (ou ele, às vezes também há senhores a operar caixas… má piada, eu sei) que tem esses artigos? Simples.
Gillettes – porque aproveitam para fazer o bigode, e algumas a barba. Todos sabemos (e sem desprimor para as pessoas em causa) que as operadoras de caixa dos supermercados possuem buços mais farfalhudos do que Chalana;
Pilhas – porque os/as operadores/as de caixa funcionam a pilhas. Para estar o dia todo a ouvir o “bip” ensurdecedor (excede, em muito, os decibéis produzidos pelos agudos gritos de Nuno Guerreiro enquanto canta) das máquinas de registar os códigos de barras e para todo o movimento destas ‘criaturas’ se limitar à passagem dos mesmo pelas máquinas… bem, só posso deduzir que funcionam a pilhas (das dos chineses, que duram meia-hora);
Caldo Knorr – porque ali, por baixo do tapete rolante no qual são colocadas as compras, está um enorme tacho de um qualquer cozinhado que é mexido pelos pés descalços das operadoras. Ora, para que o refogado e tudo o resto fique bem feito, é necessário um ou dois calditos Knorr. A mestria é tanta que o Caldo Knorr é colocado entre os dedos dos pés e o lançamento do mesmo para a panela (também com os pés) é já prova Olímpica.
Acabo de ver um cavalo branco com a crina pintada de cor de rosa a voar lá fora. É melhor calar-me.
Debruço-me hoje sobre o orgulho da nossa nação – não é o Figo nem muito menos a Júlia Pinheiro. São as superfícies comerciais. Grandes ou pequenas, com nomes como o de uma gota adocicada ou algo que não são arquipélagos (isto só para não dizer os nomes deles. Não posso fazer publicidade devido ao contrato que mantenho com… com… com ninguém, mas pronto), as superfícies comerciais proporcionam a nós, meros consumidores, autênticas odisseias de loucura.
É aterrador o facto de tudo estar dividido por corredores finitos e, por vezes, a fronteira entre os vinhos e a puericultura ser quase nula. Ou até mesmo a charcutaria, tantas vezes a emanar o intenso e bruto cheiro a presunto para a secção dos produtos de higiene. Ainda no outro dia comprei um gel de banho (do mai’ rançosos) e tal não foi o espanto quando o abri, para cheirar, e fragrância a mortadela com azeitonas omitia o perfume do sabonete líquido.
Fiquei estarrecido quando, há coisa de três/quinze dias, visitei o mini-mercado lá da minha área. Ora, na caixa registadora estava escrita a seguinte informação: “Estimado cliente, se desejar adquirir Gillettes, pilhas ou Caldos Knorr, peça à operadora de caixa.”. Após a leitura deste autêntico poema, não sabia se rir, se chorar ou se sair dali aos gritos de pânico. Analisei as hipóteses de haver alguma lógica ali escondida, mas desde logo me apercebi que estava perante génios da construção frásica e limitei-me a urinar-me ali mesmo.
“Estimado cliente” – esta é a primeira. Desde quando é que nós somos estimados pelas pessoas que ali trabalham? Os coletes reflectores são bem mais amarelos do que aqueles sorrisos que a nós são dirigidos na hora do pagamento. A expressão utilizada pelas pessoas que estão ali sentadas o dia todo a amealhar varizes e reumático é: - “Tem cartão família?”. Qualquer dia pegam num impresso de Censos ou então perguntam-nos: - “Sofre de espandilose? E de alguma DST?”. Ainda por cima nós sabemos que, por detrás daqueles sorrisos todos está um ser humano com vontade de nos espancar, uma vez que, para variar, trouxemos um saco de fruta sem o pesarmos na balança própria que está na zona das frutas e legumes, o que implica que tem de se chamar a salvadora – a patinadora. Sonho com o dia em que vou chocar com uma patinadora de um qualquer supermercado. Ou então com o dia em que lhe roubar os patins. [AHAHAHAHAHAHAH – riso doido]
Outra. Porque é que para levarmos para casa Gilletes, pilhas ou Caldos Knorr, temos de pedi-los à operadora de caixa? Porque é que é ela (ou ele, às vezes também há senhores a operar caixas… má piada, eu sei) que tem esses artigos? Simples.
Gillettes – porque aproveitam para fazer o bigode, e algumas a barba. Todos sabemos (e sem desprimor para as pessoas em causa) que as operadoras de caixa dos supermercados possuem buços mais farfalhudos do que Chalana;
Pilhas – porque os/as operadores/as de caixa funcionam a pilhas. Para estar o dia todo a ouvir o “bip” ensurdecedor (excede, em muito, os decibéis produzidos pelos agudos gritos de Nuno Guerreiro enquanto canta) das máquinas de registar os códigos de barras e para todo o movimento destas ‘criaturas’ se limitar à passagem dos mesmo pelas máquinas… bem, só posso deduzir que funcionam a pilhas (das dos chineses, que duram meia-hora);
Caldo Knorr – porque ali, por baixo do tapete rolante no qual são colocadas as compras, está um enorme tacho de um qualquer cozinhado que é mexido pelos pés descalços das operadoras. Ora, para que o refogado e tudo o resto fique bem feito, é necessário um ou dois calditos Knorr. A mestria é tanta que o Caldo Knorr é colocado entre os dedos dos pés e o lançamento do mesmo para a panela (também com os pés) é já prova Olímpica.
Acabo de ver um cavalo branco com a crina pintada de cor de rosa a voar lá fora. É melhor calar-me.
2 Comments:
Desculpa mas nessa do cozinhado na caixa reg. eu não acredito. Agora quanto a cavalos brancos com crinas rosa e a voar já vi muitos. Aliás está aqui agora um ao meu lado a dizer que não existe.
Uma Crítica: se não querias fazer publicidade ao Continente, porque é que falaste no Belmiro?? e na Gillete e nos caldos Knorr??? Tá mal pah concerteza que tá mal.
porke e keres roubar os patins?
pa kuand fores pa casa da tua avó parares, calçares os patins e cm toda a tua velocidade embateres cm a cabeça no enorme candeiro k ela tem na sala e fazeres um enorme galo?
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