segunda-feira, outubro 10, 2005

Rrrrrrrespeitável público... vou beber um sumo de cenoura.

Não, não vou escrever sobre as eleições autárquicas de ontem. Não, também não vou escrever sobre Economia dos Recursos Humanos e não, também não me passa pela cabeça abordar a polémica em torno da expressão portuguesa ‘sufrágio’. Apre, que é uma expressão estúpida!
Vou, isso sim, encher-me de coragem e procurar dar uso à minha nobre e incrível capacidade de não dizer nada de jeito. Catita, ãh?
Se há uma coisa que me inquieta, além de saber que respiro o mesmo ar que Isaltino Morais, essa coisa é a cueca a apertar o rabo. Sim, é verdade. Porém, é melhor ignorar esse facto, porque ninguém quer saber se a roupa interior que uso me aperta os glúteos.
Ok, eu não resisto… é mais forte do que eu. A política é agora um tema a abordar. Eu prometi que não, mas depois disto prometo que procederei ao visionamento de K7’s dos Amigos do Gaspar durante quatro horas como acto de auto-flagelação.
O circo chegou a Portugal e teve ontem o seu apogeu artístico. Os actores circenses reuniram-se em praça pública e exibiram dotes nunca antes vistos pelo povo português.
João Soares – Magníficoooooo. Cuidado. [onde quer que estejam chamem o Sr. Cardinalli que anuncia os artistas ao microfone] É verdade, Soares Jr. é o único trapezista mundial (supera todos os outros trapezistas sul-americanos cujo primeiro nome é ‘Maxi’) a conseguir dois “mortais-encarpados” num espaço de oito anos, com um intervalo de quatro anos.
Avelino Ferreira Torres – O maior génio ilusionista, qual Houdini qual Copperfield, que pisou as pedras da calçada portuguesas até hoje. Digno de jogos de palavras que envergonhariam Fernando Pessoa e seus conterrâneos da geração de Orpheu, Ferreira Torres é possuidor de uma linguagem encantadora.
Isaltino Morais – Palavras para quê?
Era fácil (não, não era nada fácil, eu é que estou a dizer que era fácil porque fica bem começar assim um parágrafo) continuar a falar destes artistas, mas o que é certo é que falta-me a camelice necessária para prosseguir com esta epopeia literária.
Às eleições autárquicas junta-se um pouco de parvoíce e uma pitada de orégos e o caminho para Oz é uma realidade. (Ok, 'pitada' é um termo que me assusta. Ainda hoje me sinto apavorado quando escuto Chefe Silva ou Chefe Capote a dizerem essa palavra com um cutelo na mão). Não que já não haja esse caminho em Lisboa para uma cidade fantástica (Felgueiras?), uma vez que continuo a achar que Carmona é o espantalho dessa odisseia.

Conclusão: a chuva parou, o sol já brilha e vou lavar os pés.

2 Comments:

Blogger h22o said...

Não sei se a hora do post é a verdadeira, mas se for está tudo explicado....

3:19 da tarde  
Blogger Helder Mendes said...

Deixa lá estar os autarcas. Cada município tem o autarca que merece...

4:04 da tarde  

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