quarta-feira, agosto 31, 2005

Huééééémmmmmmmmmmm! (este é o título mais absurdo do mundo)

Será o “não ter assunto para escrever” motivo para escrever?
Ora aqui está uma questão pertinente. Quer dizer, pertinente é alguém tossir no mais intimista dos palcos, com a mais intimista das músicas e com o mais intimista dos públicos. Isso sim é pertinente. A questão que eu fiz é parva. De pertinente não tem nada. Quer dizer, tem a pertinência de ser parva.
Pertinente é dizer que Júlio Isidro foi visto, ontem, todo vestido de cor-de-rosa, no Jardim da Estrela, a jogar gamão com dois emigrantes de leste (um deles nu, apenas com umas meias aos losangos verdes e vermelhos calçadas, e outro a gritar constantemente “Libertem a Ana Malhoa!”).
Pertinente é perguntar porque é que a Ana Malhoa não está presa.

Pertinente é questionarmos o porquê da pertinência desta afirmação.
Pertinente é pegarmos fogo aos estúdios da TVI para evitar que Manuel Luís Goucha e Cristina Ferreira voltem, já em Setembro, para nos atormentar.
Pertinente é querermos saber quem é e onde está Rudolf Buchbinder.
Pertinente é elegermos Manuel João Vieira como Presidente da República.
Pertinente é guardarmos tudo o que é medalhas AxtionFlix dos Heróis do Universo Marvel que nos dão nas bombas de gasolina dos gajos da marca que começa por G.
Pertinente é exibirmos com orgulho a primeira Tabuada do Ratinho que recebemos na nossa vida.
Pertinente é guardar com a nossa vida o exemplar da 29ª edição de “Não há coincidências” de Margarida Rebelo Pinto que nos ofereceram quando pensavam (por, e com alguma razão) que gostávamos de ler.
Pertinente é perguntar aos polícias-sinaleiros o porquê de chapéus tão ridículos.
Pertinente é não chorar sobre leite derramado.
Pertinente é erradicar de vez com expressões como a acima descrita.
Pertinente é ter cuidado ao abrir uma lata de sardinhas de conserva mergulhadas em molho de tomate porque é preciso ter cuidado ao abrir porque se estamos com uma peça de roupa branca vestida corremos o risco de nos sujarmos e depois a nossa mãe nunca mais nos deixa comer sardinhas enlatadas nem sair à rua ao Domingo.
Pertinente é utilizar vírgulas num texto.
Pertinente é a expressão “vai à fava!”.
Pertinente é querer saber onde fica “a fava”.
Pertinente é, no meio de um almoço de família, quando todos estão a comer a mão de vaca com feijão branco, alguém, depois de ter brincado com a comida, dizer alto e a bom som: - “está a dar-me uma cólica, tenho de ir à casa de banho”.
Pertinente é essa pessoa levar algo para ler.
Pertinente é não comer lápis de cera.
Pertinente é não fazer chichi na rua.
Pertinente é mudarmos de residência (TODOS) para Oeiras para podermos votar em Isaltino Morais. Ele quer mais centros de saúde.
Pertinente é… o quê?

Epá, puxa, 'tá a tocar a sirene dos bombeiros de Algés. Caramba, que chinfrim! Parece que Algés inteira está a ser invadida pelos intérpretes d' "A Guerra dos Mundos".

[este é o momento em que aconselho vivamente quem está a ler isto a tomar Prozac em quantidades industriais porque… epá, não me responsabilizo].

...cá vai.
“Andava na floresta sem ouvir algum rumor,
Ouvi cantar o cúcu, que andava ao redor,

Cu-cu, cu-cu, cu-cu, cu-ru-cu-cu, cu-cu, cu-cu, cu-cu, cu-ru-cu-cu”

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Xii,a tabuada do ratinho,há quanto tempo!

Pertinente é a senhora sua mãe.

9:36 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Pertinente é eu ler este blog à meia-noite e meia.

Pertinente é eu estar a ler este blog à meia-noite e meia e estar a ver televisão ao mesmo tempo.

Pertinente é eu estar a ler este blog à meia-noite e meia, estar a ver televisão ao mesmo tempo enquanto devoro um pacote de belgas com chocolate.

Pertinente é eu estar a ler este blog à meia-noite e meia, estar a ver televisão ao mesmo tempo enquanto devoro um pacote de belgas com chocolate e faço este comentário estúpido com uma falta de originalidade espantosa.

Pertinente é não ter tido ainda um AVC.

11:23 da tarde  

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