Uma aventura no ar e uma toalhita
As letras que estão a ler neste momento foram escritas a bordo de um avião. Quer dizer, estas – S, V, U e J – não. Estas acabaram de ser escritas agora.
Adiante. O comandante fala, neste momento, por isso vou fazer uma pausa para o ouvir e…
[momento em que ouço o comandante]
…é escusado. A única coisa que consegui perceber é que ele é o comandante e está vento.
MAS O QUE É ISTO? Que obsessão doentia é esta? Volta e meia passa aqui um palhaço… quer dizer, uma hospedeira maquilhada e “jhjolpi” [alternativa aos tradicionais “tunga” e “zás”], fita-nos com um esgar de loucura e pergunta, vezes sem conta: - “posso levar a sua bagagem? Posso? Deixe-me pendurar o seu casaco? Deixe. Eu levo, hein? Que acha? Quer mais pão? Pão? E café? Vai tomar café? Café? Um bolinho?”… safa! Já disse que estou bem. “E uma massagem nas axilas, vai desejar?” – ok, gostava que me perguntassem isso, mas isso não vai acontecer.
Ao meu lado, rios de saliva cristalina escorrem… sim, saliva. O passageiro que está ao meu lado está em transe desde que se sentou. Ou será apenas meditação? Cá p’ra mim é vegetação.
Eu bem os vejo a andarem de um lado para o outro e, quando chegam “ao fim” do avião, entram para um compartimento isolado por uma cortina. Agora pergunto: - “o que é que se passa ali?”. É que dali saem todas as refeições do avião e, que eu tenha visto quando entrei, cabem apenas duas pessoas em pé naquele espaço. É certo e sabido que as hospedeiras dominam a arte do contorcionismo, mas… pá, isto preocupa-me.
Enquanto comia (de salientar que aqui, neste avião, existe o pão mais pequeno do mundo) uma mulher saiu de trás da cortina e veio, lugar a lugar, com uma bandeja cheia de pães do tamanho de pequenos seixos, perguntar se alguém queria mais pão. Por momentos, vi, de esguelha, por entre a cortina misteriosa, um padeiro banhado em farinha e fermento, perguntando, aos berros, “Clotilde, acabaram-se-me os pães com chourííííííííííííço!!! Preciso que vás lá fora buscar!!”. (Sim, todas as hospedeiras se chamam Clotilde).
Lisboa aproxima-se a olho nu. O comandante fez já saber que isto de Lisboa andar por aí nua às quintas-feiras á noite não é ideia dele e pediu aos pais que trazem as suas crianças para lhes taparem os olhos.
E que fixação é esta dos construtores de aviões em quererem que ganhemos três torcicolos e saiamos do voo com uma artrose aguda no pescoço? Passo a explicar.
Quando sentado na cadeira, com as costas direitas, se quero ver o que se passa lá fora (estou no meu direito, pois sou um cidadão com direitos… e tortos), tenho de, estúpida e brutalmente, torcer o pescoço para trás, pois a janela está ligeira mas incomodativamente atrás do assento. E se, na esperança de ser esperto, quero ver o que se passa na janela da frente, tenho de dar constantes e dolorosas cabeçadas no banco da frente. É ou não é estúpido?... o quê? Eu às cabeçadas ou isto das janelas?
São 20:30 da noite e a única coisa que se vê, cá de cima, é a Estrada da Luz!! AHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAH!!!
BASTA!
Toalhitas! Dêem-me mais toalhitas humedecidas para limpar as mãos e o rosto. É que, são fantásticas! Toalhitas. Hein… toalhitas! TOALHITAAAAAAAAAS!
Já aterrei? Já aterrei? Já aterrei!
Adiante. O comandante fala, neste momento, por isso vou fazer uma pausa para o ouvir e…
[momento em que ouço o comandante]
…é escusado. A única coisa que consegui perceber é que ele é o comandante e está vento.
MAS O QUE É ISTO? Que obsessão doentia é esta? Volta e meia passa aqui um palhaço… quer dizer, uma hospedeira maquilhada e “jhjolpi” [alternativa aos tradicionais “tunga” e “zás”], fita-nos com um esgar de loucura e pergunta, vezes sem conta: - “posso levar a sua bagagem? Posso? Deixe-me pendurar o seu casaco? Deixe. Eu levo, hein? Que acha? Quer mais pão? Pão? E café? Vai tomar café? Café? Um bolinho?”… safa! Já disse que estou bem. “E uma massagem nas axilas, vai desejar?” – ok, gostava que me perguntassem isso, mas isso não vai acontecer.
Ao meu lado, rios de saliva cristalina escorrem… sim, saliva. O passageiro que está ao meu lado está em transe desde que se sentou. Ou será apenas meditação? Cá p’ra mim é vegetação.
Eu bem os vejo a andarem de um lado para o outro e, quando chegam “ao fim” do avião, entram para um compartimento isolado por uma cortina. Agora pergunto: - “o que é que se passa ali?”. É que dali saem todas as refeições do avião e, que eu tenha visto quando entrei, cabem apenas duas pessoas em pé naquele espaço. É certo e sabido que as hospedeiras dominam a arte do contorcionismo, mas… pá, isto preocupa-me.
Enquanto comia (de salientar que aqui, neste avião, existe o pão mais pequeno do mundo) uma mulher saiu de trás da cortina e veio, lugar a lugar, com uma bandeja cheia de pães do tamanho de pequenos seixos, perguntar se alguém queria mais pão. Por momentos, vi, de esguelha, por entre a cortina misteriosa, um padeiro banhado em farinha e fermento, perguntando, aos berros, “Clotilde, acabaram-se-me os pães com chourííííííííííííço!!! Preciso que vás lá fora buscar!!”. (Sim, todas as hospedeiras se chamam Clotilde).
Lisboa aproxima-se a olho nu. O comandante fez já saber que isto de Lisboa andar por aí nua às quintas-feiras á noite não é ideia dele e pediu aos pais que trazem as suas crianças para lhes taparem os olhos.
E que fixação é esta dos construtores de aviões em quererem que ganhemos três torcicolos e saiamos do voo com uma artrose aguda no pescoço? Passo a explicar.
Quando sentado na cadeira, com as costas direitas, se quero ver o que se passa lá fora (estou no meu direito, pois sou um cidadão com direitos… e tortos), tenho de, estúpida e brutalmente, torcer o pescoço para trás, pois a janela está ligeira mas incomodativamente atrás do assento. E se, na esperança de ser esperto, quero ver o que se passa na janela da frente, tenho de dar constantes e dolorosas cabeçadas no banco da frente. É ou não é estúpido?... o quê? Eu às cabeçadas ou isto das janelas?
São 20:30 da noite e a única coisa que se vê, cá de cima, é a Estrada da Luz!! AHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAH!!!
BASTA!
Toalhitas! Dêem-me mais toalhitas humedecidas para limpar as mãos e o rosto. É que, são fantásticas! Toalhitas. Hein… toalhitas! TOALHITAAAAAAAAAS!
Já aterrei? Já aterrei? Já aterrei!
2 Comments:
uma toalhita nao! várias, k tu n es homem de uma so toalhita...lol...
( momento em k estou a pensar no k vou escrever..........)
a maxagem nas axilas e uma maxagem inovadora, cm propriedades desconhecidas...podias exprimentar...lol
David!!Que é feito de ti e dos teus posts? Volta que estás perdoado!
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